Às vezes, tudo parece desmoronar. A força se esvai e tentamos nos manter de pé. Algum desequilíbrio físico ou emocional pode nos desestabilizar por um tempo. Mas enquanto esse momento não termina, achamos que ele é para sempre.
Lutamos para nos recompor. Somos impulsionados a buscar ajuda fora, ao mesmo tempo em que procuramos refúgio em nosso interior. As horas de meditação se intensificam, pois é importante mergulharmos em nós em busca de respostas que nos aliviem.
Essa dor eventual pode ter uma causa psicológica e/ou neuroquímica. A consciência do nosso estado é fundamental para sabermos dar cada passo seguinte, uma parte do dia de cada vez.
Aos poucos, vamos nos dando conta de que essa "doença" transitória está nos ajudando a rever nossa relação com a vida. Após reflexões, surgem constatações. Podemos, por exemplo, perceber o quanto temos sido egoístas, egocêntricos, imaturos emocionalmente, o que produz uma ilusão no modo de ver a vida e tudo que está incluso nela.
É fundamental encontrar um bom caminho que nos auxilie no processo de autoconhecimento. O conhecimento da "verdade" vai nos libertando gradualmente.
Dependemos do autoconhecimento para seguirmos uma trajetória mais promissora e benéfica. Se quisermos ser úteis, dediquemos um tempo de nossos dias para a compreensão do propósito de nossa jornada interna e externa. É preciso coragem para empreendermos esse voo pelo inconsciente. Não sabemos o que nos
aguarda nos porões semiadormecidos do ser que temos construído, lá onde está armazenada a nossa prole, os filhos que geramos com nossos pensamentos e sentimentos.
Parodiando o poetinha: "Filhos, filhos? Melhor não tê-los. Mas se não os temos, como sabê-lo?”. Sigamos. Coragem. Vamos!