Presidente do Vasco, Pedrinho, falou sobre a ação contra a 777 Partners ao lado do vice jurídico, Felipe CarregalHugo Perruso/Agência O Dia

Ao garantir que o Vasco associativo não retomará o controle da SAF, o presidente do clube, Pedrinho, conta com um plano B para substituir a 777 Partners no controle do futebol vascaíno. Há alguns meses, a Crefisa desponta como uma das interessadas em comprar as ações pertencentes ao grupo americano, mas as negociações não avançaram.
"Vou respeitar o sócio (777). Caso haja ruptura, a gente tem um plano B", disse Pedrinho durante a coletiva de imprensa na quinta (16).
A possibilidade de conseguir um novo investidor ganha mais força após o processo de ruptura com a 777, que perdeu o controle da SAF vascaína através de uma liminar concedida na noite de quarta-feira (15). E a patrocinadora do Palmeiras é a favorita da diretoria, até pela relação pessoal entre Pedrinho e José Lamacchia, fundador da empresa e marido de presidente do clube paulista, Leila Pereira.
"Sou um amigo muito íntimo do José Lamacchia. Minha relação com ele não tem nada a ver com a Leila. A minha relação é direto com ele, que sempre se mostrou muito disposto em ajudar o Vasco. A Crefisa é uma empresa séria, há anos no mercado, não preciso nem falar", afirmou Pedrinho
A Crefisa já demonstrou desejo de ajudar o Vasco e até ofereceu a compra dos naming rights (direito ao nome) de São Januário. Mas quer ir além e chegou a fazer uma investigação para avaliar o risco de comprar a SAF da 777, segundo o site 'ge'.
Entretanto, apesar de demonstrar o desejo de vender os 70% das ações que possui, o grupo americano não estava disposto a negociar com a empresa. Diante do novo cenário, entretanto, isso pode mudar.
Com a ação na Justiça, a 777 perdeu 40% das ações que ainda teria direito com os próximos dois aportes que tem obrigação de fazer (sendo R$ 270 milhões agora em setembro e o restante em 2025). Caberá ao Tribunal Arbitral, onde acontecerá a discussão, decidir se o Vasco está certo na ação na qual conseguiu garantiu o controle do futebol, acusando o sócio de não cumprir com exigências de contrato.
Além disso, o grupo americano responde nos Estados Unidos por fraude e sofre com a crise financeira também, o que pode obrigá-la a negociar as ação vascaínas, o que não é garantido. A tendência é que a briga na Justiça pela SAF do Vasco se arraste pelos próximos meses, deixando um cenário incerto até mesmo para investidores.
"Temos absoluta certeza de que a absurda liminar será derrubada quando a 777 Partners for notificada e puder apresentar a defesa no processo", afirmou o grupo americano em nota.