Ainda vivemos na Igreja o tempo pascal e a Palavra de Deus continua a nos indicar estilos de vida coerentes. O Evangelho deste domingo apresenta a recomendação de Jesus: "Permanecei no meu amor". Viver na corrente do amor de Deus é a condição para fazer com que o nosso amor não perca pelo caminho o seu fervor e a sua audácia. Também nós, como Jesus, devemos acolher com gratidão o amor que vem do Pai e permanecer neste amor, procurando não nos separarmos dele com o egoísmo e com o pecado. É uma tarefa exigente, mas não impossível.
É importante ter a consciência de que o amor de Cristo não é um sentimento superficial, mas uma atitude fundamental do coração, que se manifesta vivendo como Ele quer. O amor se realiza na vida de cada dia, nas atitudes, nas ações, se assim não for, é apenas algo ilusório.
Como fazer para que este amor que o Senhor Ressuscitado nos oferece possa ser partilhado pelos outros? Várias vezes Jesus indicou que o outro que devemos amar, não por palavras, mas por obras, é aquele que encontro no meu caminho e que, com o seu rosto e com a sua história, me demanda. É aquele que, com a sua presença, me leva a sair dos meus interesses e das minhas seguranças. É aquele que espera a minha
disponibilidade para ouvir e percorrer um pouco de caminho juntos.
E este amor pelos outros não pode acontecer só em momentos extraordinários, mas deve ser constante na nossa existência. Por isso, somos chamados, por exemplo, a preservar os idosos como um tesouro precioso. A dar aos doentes, até no último estágio, toda a assistência possível. A acolher sempre os nascituros. Portanto, a vida deve ser sempre amada desde a conceção até ao seu fim natural. E isto é amor.
Padre Omar