O fato de a mídia propagar os passos da violência pode evitar a morteDivulgação

Apesar de noticiar dia sim, outro também, feminicídios ou tentativas nas plataformas de comunicação em que trabalho, é precioso a gente respirar e “comemorar” a queda em 10% desse tipo de crime em relação ao ano anterior.
Não existe receita com doses certas, mas aprendemos que é uma rede de proteção, acolhimento e punição que enfim deu resultado.
A Lei Maria da Pena, a do feminicídio que qualificou o crime contra a mulher, as Deams fortalecidas: tudo foi o começo.
Mas entendemos que é preciso mais. Punir e qualificar o agressor vem depois já do crime.
Pensar em sociedade as políticas públicas sobre o que acontece antes do balcão da delegacia é tão importante quanto a parte penal.
Poderia dar mil exemplos, mas vou citar uma rede de apoio em geral. Muitas não entendem que já sofrem a violência antes do tapa na cara.
O fato de a mídia propagar os passos da violência — como, moral, psicológica, patrimonial e física — pode evitar a última, a morte.
Famosas apareceram, deram a cara e fortaleceram. Se acontece com ela, claro que eu também sou vítima.
Mas para mim um dos fatores mais importantes foi o desenvolvimento dos programas de acolhimento e capacitação dessas mulheres.
Muitas aceitavam o relacionamento para que o filho tivesse o que comer, muitas se sujeitavam uma vida toda, até a independência desse filho. A que custo?
Eu te conto: a custo da segurança dela e do ciclo de meninos que acham que podem bater e meninas que se permitem passar por isso. Começamos a quebrar um ciclo.
Ainda precisamos mais e vamos conseguir.
3,2,1 É DEDO NA CARA
TÁ DIFERENTE
Não vi correria por ovos, posso estar enganada, mas aquela loucura de deixar para a última hora e levar até ovo quebrado para casa tem diminuído nos últimos anos e neste ano mais ainda.
Pouco chocolate e preço caro? Sim, mas vejo aqui em casa. Não existe mais a euforia de abrir um ovo que não seja proteico e sim doce.
No ano passado, uma chuteira, neste ano um tênis street personalizado (que daria para comprar a gondola toda de ovos, socorrro)
Ah, gente... nunca tive caça aos ovos, fiz isso aqui.
Mas eu amava a sensação de abrir um ovo número 19 e cheio de bombons dentro e usar a base dele, que o sustentava em pé como “panelinha” na minha cozinha imaginária.
Cadê a magia? Simbolismos comerciais à parte, pelo menos era lúdico?