Fabio Ortega era dono do haras Fortega, localizado em Santa Cruz, na Zona Oeste do RioReprodução

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) converteu em preventiva a prisão temporária de Antônio Souza de Andrade, apontado como um dos assassinos do dono de haras Fábio Ortega, de 72 anos. A decisão, expedida na sexta-feira (3), acolhe o pedido feito pela 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, que denunciou o acusado.
A denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) aponta que, no último dia 18, Fábio deixou uma academia em Itaguaí, município na Baixada, e foi seguido por cerca de 15 quilômetros até ser morto a tiros por dois homens em um carro na Avenida Padre Guilherme Decaminada, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Câmeras de segurança indicam que os assassinos chegaram no estacionamento da academia às 9h38 e o homicídio aconteceu por volta das 11h45.
Ainda de acordo com a denúncia, Antônio é proprietário do veículo e participou da execução do crime a mando de um grupo criminoso que comanda atividades ilícitas na região. Em depoimento, o filho da vítima disse que Fábio era dono de um clube em Santa Cruz e pagava semanalmente uma "taxa de segurança" para milicianos, mas não soube informar se haveria alguma dívida. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que apura a motivação e procura pelos outros envolvidos no crime.
Nas redes sociais, Fábio se identificava como empreendedor, criador e expositor de cavalos. Ele administrava um haras para criação e treinamento dos animais, além de realizar leilões com especialidade na raça Mangalarga marchador.
Em 1996, Ortega foi investigado por envolvimento com jogo do bicho em São Paulo. Segundo relatório, ele era conhecido como 'Travolta' e atuaria nas áreas do Brás e Bexiga, bairros da região central da capital paulista.