Yolanda Diaz, atual segunda vice-presidente da EspanhaReprodução

A número três do governo de esquerda espanhol, Yolanda Díaz, acusou nesta sexta-feira (17) Javier Milei de propagar o "ódio", coincidindo com a visita do presidente argentino à Espanha e algumas semanas depois de outra crítica de um ministro espanhol.
"Não são muitos os geradores do ódio, mas fazem um enorme barulho e inundam tudo. Milei e outros governos do ódio voltam com os cortes e o autoritarismo", disse a segunda vice-presidente do governo em uma cerimônia no Ministério do Trabalho, do qual é titular.
Díaz é líder do Sumar, plataforma de esquerda radical e parceiro minoritário da coalizão de governo com os socialistas de Pedro Sánchez.
Milei visita a Espanha a partir desta sexta, sem nenhuma reunião prevista com o rei Felipe VI nem com Sánchez.
Essa é sua primeira visita à Espanha desde que assumiu a presidência em dezembro, e Milei falará nesta sexta de seu livro "El camino del libertario" no auditório do jornal espanhol La Razón, e, no sábado, se reunirá com empresários.
No domingo, será o principal convidado de um comício organizado pelo partido espanhol de extrema direita Vox, liderado por Santiago Abascal, do qual também participarão a política francesa Marine Le Pen e o chileno José Antonio Kast.
As declarações de Díaz ocorrem depois de o ministro dos Transportes espanhol, Óscar Puente, cometer o "erro" - segundo suas próprias palavras após um pedido de desculpas -, de afirmar que Milei havia ingerido "substâncias" antes de um discurso.
O governo argentino emitiu um duro comunicado condenando tal declaração, mas, após o pedido de desculpas de Puente, o tema ficou "resolvido" e "esquecido", afirmou o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, em 6 de maio.