Rússia nega que tenha utilizado armas químicas na guerra contra a UcrâniaAlexander Nemenov/AFP

O Kremlin rejeitou, nesta quinta-feira (2), as acusações dos Estados Unidos de que as forças russas utilizaram "arma química" na Ucrânia.
O Departamento de Estado americano afirmou na quarta-feira (1º) que a Rússia utilizou "a arma química cloropicrina" contra as forças ucranianas.
"Vimos as notícias a respeito. Como sempre, as acusações parecem completamente infundadas", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa ao ser questionado sobre o assunto.
O governo dos Estados Unidos afirmou que Moscou violou a Convenção sobre Armas Químicas (CAQ), que proíbe a produção e uso de tais substâncias.
A Rússia assinou e ratificou esta convenção e, segundo Peskov, "estava e continua comprometida com as suas obrigações com base no direito internacional".
A cloropicrina é uma substância oleosa conhecida como agente asfixiante, que foi muito utilizada durante a Primeira Guerra Mundial como forma de gás lacrimogêneo.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos classificam a substância como "agente prejudicial aos pulmões", que pode causar irritação grave na pele, nos olhos e no sistema respiratório.
O uso é especificamente proibido pela Organização para a Proibição de Armas Químicas, o órgão responsável por implementar a CAQ.
"O uso destas substâncias químicas não foi um incidente isolado e provavelmente é motivado pelo desejo das forças russas de remover as forças ucranianas de posições fortificadas e obter ganhos táticos no campo de batalha", afirmou o Departamento de Estado.