Giorgia Meloni, atual primeira-ministra da ItáliaTiziana Fabi / AFP

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, anunciou neste domingo que vai disputar as eleições para o Parlamento Europeu como o primeiro nome da lista do partido Irmãos de Itália, uma manobra que visa impulsionar o partido de extrema-direita.
A legenda de Meloni foi a mais votada nas eleições nacionais de 2022, com 26%, e as pesquisas apontam que deve obter um resultado similar nas eleições europeias de junho.
Com Meloni no topo da lista, o partido pode aproveitar sua popularidade, embora as regras da União Europeia estabeleçam que um candidato vencedor que já ocupa um cargo ministerial deve renunciar imediatamente ao Parlamento do bloco.
"Queremos fazer na Europa exatamente o que fizemos em Itália em 25 de setembro de 2022, criar uma maioria que reúna as forças de centro-direita e, finalmente, enviar a esquerda para a oposição também na Europa", afirmou Meloni em um comício de seu partido em Pescara.
Em um discurso inflamado no qual abordou vários temas, da barriga de aluguel até o Ramadã, Meloni destacou as conquistas da sua coalizão de governo em 18 meses, citando a luta contra a imigração irregular e a proteção das famílias e dos valores cristãos.
Depois de uma hora no palanque, Meloni anunciou a intenção de concorrer nas eleições europeias.
"Eu faço porque, além de ser presidente do Irmãos de Itália, também sou uma líder dos conservadores europeus que querem ter um papel decisivo na mudança de rumo da política europeia", afirmou.
Durante a campanha para as eleições de 2022, Meloni criticou a UE, atacou o que chamou de "lobby LGBT" e o que descreveu como retórica politicamente correta da esquerda.