Fluminense terá que quebrar tabu em clássicos e superar desempenho ruim como visitante Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Rio - O Fluminense não é nem sombra do time que encantou a América do Sul nos últimos dois anos. Eliminado na semifinal do Carioca, o Tricolor teve quase 20 dias para se reorganizar, mas parece que o tempo livre não surtiu efeito. A equipe ainda comete os mesmos erros e venceu apenas uma das quatro partidas disputadas.
A comissão técnica tricolor priorizou a parte física na intertemporada, já que o Fluminense não teve tempo hábil para realizar uma pré-temporada adequada por conta da participação no Mundial de Clubes. Porém, os problemas físicos seguem assombrando a equipe. Além disso, a lacuna deixada por Nino na defesa ainda causa dor de cabeça.
Fernando Diniz ainda não encontrou uma solução. Marlon, que era considerado o substituto de Nino, sofreu com dores no joelho e passou por uma artroscopia recentemente — e talvez nem volte a defender o Fluminense. Thiago Santos está lesionado, enquanto Manoel voltou a jogar após oito meses de suspensão e ainda busca o ritmo de jogo ideal.
Fato é que, nos últimos quatro jogos, o Fluminense terminou sem zagueiros em duas ocasiões, contra o Alianza Lima, do Peru, e Bahia. Já contra o Colo-Colo, do Chile, encerrou a partida com dois zagueiros em campo — Felipe Andrade e Antônio Carlos entraram durante a etapa final após um período sem defensores, com André e Martinelli formando a dupla de zaga.
Em apenas um dos últimos quatro jogos o Fluminense iniciou com dois zagueiros (Thiago Santos e Felipe Melo contra o Alianza Lima). Já contra o Colo-Colo, Bragantino e Bahia, Diniz optou por improvisar o volante Martinelli na defesa. Mas a improvisação não funcionou. O time ficou exposto e sofreu principalmente com a bola aérea — sofreu cinco gols nesses jogos, sendo três pelo alto. Somando o gol sofrido contra o Alianza Lima, o Tricolor foi vazado seis vezes em quatro partidas.

Fantasmas pela frente

Em má fase, o Fluminense terá que encarar seus fantasmas pela frente para se reerguer na temporada. O próximo compromisso será contra o Vasco, no sábado (20), às 16h (de Brasília), no Maracanã. O problema é que a última vitória do Time de Guerreiros em clássicos aconteceu há mais de um ano: no dia 9 de abril de 2023, contra o Flamengo, por 4 a 1, no segundo jogo da final do Carioca.
Após o jogo contra o Vasco, o Fluminense viaja para Assunção, no Paraguai, onde enfrenta o Cerro Porteño, dia 25, pela Libertadores. O saldo como visitante na Libertadores sob o comando de Diniz é até positivo, mas no geral, o Tricolor não costuma jogar bem fora de casa. A última impressão deixada foi o decepcionante empate por 1 a 1 com o Alianza Lima, no Peru.
Para encerrar o mês, o Fluminense visita o Corinthians, no dia 28, na Neo Química Arena, pela 4ª rodada do Brasileirão. No ano passado, o Tricolor teve uma das três piores campanhas como visitante. Além disso, jogar contra o Timão em Itaquera é um pesadelo. Ao todo, são 13 jogos, três vitórias, dois empates e oito derrotas, com oito gols marcados e 21 sofridos. O Flu já chegou a perder por 5 a 0 para o rival no local.