Presidente Luiz Inácio Lula da SilvaAFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou nesta segunda-feira, 20, as mortes do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, e do ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdollahian. Os dois foram vítimas de um acidente de helicóptero, no domingo, 19.
Em uma publicação nas redes sociais, Lula escreveu: "Com pesar soube da confirmação da morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi e do seu chanceler, Hossein Amir Abdollahian e de todos os passageiros e tripulação, após a queda de seu helicóptero. Minhas condolências aos familiares de todas as vítimas, ao governo e ao povo iraniano".
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil também se manifestou e afirmou que recebeu a notícia com "profunda consternação".
"O governo brasileiro recebeu, com profunda consternação, as notícias das mortes do presidente da República Islâmica do Irã, Ebrahim Raisi, do chanceler Hossein Amir Abdollahian e de outras autoridades do país. (...) O governo estende aos familiares do Presidente Raisi, do Chanceler Abdollahian e das demais vítimas, e ao governo e povo iranianos os mais sinceros sentimentos de solidariedade e pesar pelas irreparáveis perdas", diz a nota.
Além do presidente e ministro, entre os passageiros do helicóptero estavam o governador da província do Azerbaijão Oriental, o principal ímã da região, o chefe de segurança do presidente e três integrantes da tripulação.
Ebrahim Raisi, de 63 anos, tinha o título de aiatolá e presidia a República Islâmica desde 2021, com mandato até 2025. Considerado um político ultraconservador, Raisi foi eleito em 18 de junho de 2021 no primeiro turno de uma eleição marcada por uma taxa recorde de abstenção e pela ausência de uma oposição significativa.

Sempre vestido com turbante e um longo casaco religioso preto, Raisi sucedeu o moderado Hassan Rohani.


Ele tinha o apoio da principal autoridade do país, o aiatolá Ali Khamenei, que no domingo enviou uma mensagem de calma à população e garantiu que a morte não provocará "nenhuma perturbação" na administração da nação.

O guia supremo designou o vice-presidente, Mohammad Mokhber, como presidente interino, "de acordo com o artigo 131 da Constituição", enquanto o país aguarda a organização de eleições presidenciais em um prazo máximo de 50 dias.