Por leandro.eiro
Rio - A Johnson & Johnson anunciou que a Janssen Vaccines & Prevention B.V., parte da Janssen Pharmaceutical Companies, está trabalhando em parceria com o Beth Israel Deaconess Medical Center (BIDMC), nos Estados Unidos, para validar e acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra o Zika vírus. Além do esforço científico no combate à doença, a Janssen Brasil apresentou os resultados do projeto Zikalab.
Vacina vetorizada em adenovírus poderá ser testada em humanosReprodução Internet

Realizado desde 2016, o programa capacita profissionais do sistema de saúde pública que estão na linha de frente do atendimento à população nas áreas mais afetadas pelo vírus. Desde a sua criação, o Zikalab já capacitou cerca de 7 mil profissionais de saúde em 37 municípios de seis estados: Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Tocantins e Paraíba. O foco é a prevenção e cuidado para mulheres grávidas, mães e bebês com microcefalia.

Mobilização
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Presidente da Janssen Brasil, Bruno Costa Gabriel, destacou a importância do trabalho conjunto. "O surto do Zika vírus afetou profundamente as famílias e o sistema de saúde do Brasil. Naturalmente isso exigiu uma rápida e intensa mobilização de todos os setores da sociedade. O Zikalab é um exemplo de como a colaboração entre diversas instituições, sejam elas públicas ou privadas, pode impactar positivamente os desafios de saúde pública", afirma ele. Até o momento, a empresa investiu cerca de R$ 2,3 milhões em apoio ao Brasil no enfrentamento à doença. Além disso, a Janssen vem fazendo esforços para promover o desenvolvimento de uma vacina baseada em vetores de adenovírus contra o vírus Zika, com base em tecnologia própria.
Estudo
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Em um estágio inicial, estudo publicado em 2016 mostrou que a vacina ofereceu proteção completa contra o Zika, após testes em primatas. O resultado abriu caminho para o próximo passo: o teste da vacina vetorizada em adenovírus em seres humanos.
Reportagem de Renan Schuindt