Deputada estadual Lucinha (PSD) é investigada por suspeita de ligação com milicianos Arquivo / Agência O Dia

Rio - O prazo de dez dias corridos para que a deputada Lucinha (PSD) apresente sua defesa por escrito ao Conselho de Ética da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) termina no próximo sábado (18). Até a tarde desta quarta-feira, o documento não havia sido enviado. O processo pode culminar na cassação do mandato da parlamentar.

Ao receber a defesa, o conselho terá 60 dias úteis prorrogáveis por mais 60 para tomar a decisão. O deputado Vinícius Cozzolino (União Brasil) é o relator do caso.

Se aprovado, o texto vai para análise no plenário da Alerj. Somados todos os prazos a serem cumpridos, a decisão pela cassação ou não da deputada pode sair somente em outubro deste ano.

Lucinha foi alvo de inquérito, no qual é apurado o possível crime de envolvimento da parlamentar com a milícia que atua na Zona Oeste. A deputada foi um dos alvos da Operação Batismo, da Polícia Federal (PF) e do MPRJ, em dezembro do ano passado. 

A parlamentar, de 63 anos, seria o braço político da milícia de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, sendo chamada de "madrinha" pelos criminosos. Zinho foi preso no dia 24 de dezembro de 2023. O grupo paramilitar atua em pelo menos 13 bairros do Rio, a maioria na Zona Oeste.

Após a operação, a parlamentar chegou a ser afastada do seu mandato na Alerj por determinação da Justiça. Mas os colegas deputados derrubaram a decisão.
Em abril deste ano, a Polícia Federal indiciou a deputada por suspeita de envolvimento com a milícia e enviou a conclusão das investigações à Assembleia Legislativa do Rio. O inquérito é sigiloso.