Músicos reuniram passageiros ao som do choroDivulgação/SuperVia

Rio - Em meio ao feriado, a 11º edição do "Trem do Choro" começou nesta terça-feira (23) com concentração na estação Central do Brasil em direção à Olaria, na Zona Norte. Neste ano, a ação faz uma homenagem especial aos músicos Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Severino Araújo, Chiquinha Gonzaga, Altamiro Carrilho, Raphael Rabello, Joaquim Callado e Paulo da Portela, onde cada vagão é representado por um nome.

Imagens mostram as estações lotadas com muito choro e homenagens aos músicos. O trem partiu para Olaria por volta das 11h e animação tomou conta dos vagões.

Ao chegar no destino, os músicos vão desembarcar para dar seguimento ao show nas ruas do bairro da Zona Norte do Rio. Por lá, o público seguirá para a Travessa Pixinguinha e depois até a Praça Ramos Figueira, conhecida como o reduto do Pixinguinha, local perto de onde o músico morou por anos. No caminho, haverá homenagens a personalidades do ritmo.
A data, onde também é celebrado São Jorge, foi escolhida para comemorar o nascimento de Pixinguinha (1897-1973), o expoente do 'chorinho' e um dos maiores nomes da MPB.
Ao DIA, o músico Luiz Carlos Nunuka, que organiza o evento junto com a Supervia, contou um pouco sobre o ritmo.
"Fizemos o primeiro Trem do Choro em 2013. Antes, fui para a Escola Portátil de Música aprender a tocar choro. Ele é complexo. Para tocar, não é simples: precisa saber todas as notas e estudar. Eu sou nascido em Olaria e tenho uma família de músicos. Todo domingo, nos encontros dos meus familiares, alguém tocava choro", contou Luiz Nunuka, ao DIA.
Nunuka explica que, apesar do Dia Nacional do Choro homenagear o aniversário de Pixinguinha, o músico não nasceu no dia 23 de abril. "Neste dia, homenageamos São Jorge e o aniversário de Pixinguinha, apesar dele não ter nascido nesta data. Mas, naquela época, as pessoas nasciam e só eram registradas meses depois", pontuou.