Por gabriela.mattos
Leonardo Espíndola foi exonerado na PGEDivulgação

Rio - O procurador-geral do Estado do Rio, Leonardo Espíndola, foi demitido nesta segunda-feira. Ele teria sido exonerado por se recusar a preparar a defesa do governador Luiz Fernando Pezão contra uma ação popular. No entanto, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) ainda não se posicionou oficialmente sobre o caso e não explicou o motivo da demissão de Espíndola.

A informação foi divulgada pelo jornal O Globna noite desta segunda. Promovido por deputados do Psol, o processo pediu a suspensão da nomeação do deputado Edson Albertassi para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que anteriormente por Jonas Lopes.

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou a exoneração do procurador-geral. Segundo o órgão, Espíndola foi exonerado pela "firma posição de responder não às vontades pessoais do governador, e sim aos postulados da cidadania".

Leia a íntegra da nota

?A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Rio de Janeiro, vem a público repudiar veementemente a exoneração do procurador-geral do Estado do Rio Janeiro, Leonardo Espíndola, ocorrida na noite desta segunda, dia 13.

Entre a conveniência política e a lei, em imbróglio decorrente da indicação do novo conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-procurador-geral não hesitou em ficar ao lado da lei. E foi exonerado justamente pela firme posição de responder não às vontades pessoais do governador Luiz Fernando Pezão, e sim aos postulados da cidadania.

A transparência e o respeito à legalidade são exigências da sociedade - o que evidentemente também se aplica à formação do Tribunal de Contas. Ao tomar decisões ao arrepio da legalidade, o governador Pezão expressa seu profundo desprezo aos ditames da Constituição Estadual e às premissas republicanas.
 

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