Por cadu.bruno
Rio - Um morador de rua ainda não identificado foi morto a facadas no fim da noite desta quinta-feira, na Lagoa, área nobre da Zona Sul do Rio. O local fica na esquina do Teatro O Tablado, um dos maiores centros de formação de atores do país, e do Colégio de Aplicação da UFRJ.
Segundo testemunhas, o assassino é integrante de um grupo violento de usuários de drogas da Zona Norte, que frequenta e impõe o terror a moradores.

O crime ocorreu por volta das 23h, na Avenida Lineu de Paula Machado, na esquina com a Rua Batista da Costa. A vítima era conhecida como Louquinho e vivia há anos na área após a morte da mulher.

Policiais da Divisão de Homicídios (DH) periciaram o local e assumiram as investigaçõesOsvaldo Praddo / Agência O Dia

Ele teria se desentendido com um grupo que consumia drogas na chamada Praça do Tablado, que fica em frente ao teatro. Ele foi golpeado a facadas no meio da via e morreu no local. O criminoso fugiu. Segundo uma moradora, a vítima tinha perturbação mental, não pertencia ao bando e nunca representou perigo para aos moradores.

Publicidade
De acordo com a empresária Nina Frejat, de 31 anos, prima do cantor e compositor Roberto Frejat, a praça, é frequentada há anos por um grupo de até 15 pessoas, liderados por uma mulher conhecida como Gerusa. Haveria ex-detentos entre eles e todos seriam moradores do Engenho Novo, na Zona Norte. No local, o bando costuma se reunir para beber e consumir drogas, ainda conforme a empresária.
Segundo Nina, o grupo está diariamente na região. Alguns fazem biscates como flanelinhas e ocupam as calçadas. Ela afirma que quando repreendidos sobre a desordem e a baderna que promovem, o grupo se mostra agressivo. Ela relatou casos de agressões a idosos, mulheres e até crianças. Na terça-feira, a empresária denunciou que houve uma briga entre eles com o uso de facas.
Publicidade
"Hoje foi um morador de rua que foi morto. Amanhã pode ser uma criança. Só aqui na Lineu de Paula Machado há quatro creches. Eles acampam literalmente na frente de uma delas. São muito violentos", denunciou Nina.
A empresária, que trabalha com projetos sociais para um partido político, disse que já solicitou providências a Sub-Prefeitura da Zona Sul, a pelo menos um mês. A resposta obtida por ela é a de que o pedido já foi encaminhado. os moradores há tempos também pedem a instalação de uma cabine da PM ou a presença constante uma viatura baseada no local.
Publicidade
Policiais da Divisão de Homicídios (DH) periciaram o local e assumiram as investigações. Um homem também não identificado, que seria integrante do grupo, foi ouvido como testemunha e prestou depoimento na delegacia.