Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - É bom que a polícia entre no imbróglio das notas do Carnaval, como O DIA mostra hoje. Investigação isenta e profissional será fundamental para separar o folclore dos fatos. Mas cabe ressaltar que, invariavelmente, há choro de perdedor todos os anos. O que varia são os decibéis do esperneio e a vontade de mexer em vespeiro.
Vespeiro porque, a rigor, a Liga, com o aval de cada escola, organiza todo o certame. Jurados entram e saem em rotatividade absurda, graças ao veto de agremiações, e acredita-se organizar concursos pacíficos. Mesmo assim, sobra espaço para lucubrações e teorias conspiratórias, que obviamente crescem na mão de perdedores — especialmente os maus.
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A polícia tem o dever de apurar a fundo todas as denúncias e punir possíveis responsáveis. Caso nada seja comprovado, infelizmente será reforçada a imagem do patético teatro em que mudam os personagens, mas o enredo é o mesmo — e a credibilidade da Liga, que nunca foi das melhores, ficará ainda mais comprometida.