Por bferreira

Brasília - Aos moldes do Mais Médicos, novo programa para levar professores a cidades onde há carência de docentes está sendo estudado pelo governo: é o Mais Professores. O Ministério da Educação (MEC) confirmou a intenção de levar profissionais a escolas de cidades pobres.

Segundo o ministro da Educação%2C Aloizio Mercadante%2C o projeto ainda está em desenvolvimentoAgência Brasil

O Programa faz parte do Compromisso Nacional pelo Ensino Médio, apresentado ontem pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na Câmara dos Deputados. Segundo ele, o projeto ainda está em fase de desenvolvimento e depende do orçamento disponível.

Entre as ações, está a proposta de levar professores a escolas de cidades com índices de desenvolvimento humano baixos ou muito baixos e que tenham um baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) — indicador calculado a partir do fluxo escolar e o desempenho dos estudantes em avaliações nacionais. A intenção é que, mediante o pagamento de uma bolsa, professores se disponham a reforçar o quadro dessas escolas.

As áreas com as mais carências são Matemática, Física, Química e Inglês. O ministro diz que as disciplinas representam cerca de 3% das matrículas de Ensino Superior, índice que tem se mantido constante. O Mais Professores, esclarece Mercadante, ainda é uma proposta em aberto.

Além de atrair professores para áreas carentes, o programa propõe o aperfeiçoamento da formação continuada dos docentes, com o desenvolvimento de material didático específico e a criação da Universidade do Professor, uma rede que vai concentrar todas as iniciativas voltadas para a formação docente.

100 mil bolsas para Exatas

O programa também terá estímulo à formação de profissionais da área do saber, através do Quero ser Professor e Quero ser Cientista. Serão oferecidas 100 mil bolsas de estudo para jovens que queiram ingressar na área de Exatas. Além disso, o Ministério desenvolveu, com pesquisadores, um kit para estimular o interesse pelas ciências.

Mercadante quer mais atenção ao Ensino Médio. “Andamos muito nos anos iniciais (do Ensino Fundamental), melhoramos nos anos finais e simplesmente atingimos a meta no Ensino Médio. O que é pouco. Ainda precisamos de um salto de qualidade”, disse.

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