GabigolMarcelo Cortes /CRF

Rio - A terça-feira começou com uma excelente notícia para os torcedores do Flamengo. O atacante Gabigol, de 27 anos, está liberado para voltar a defender o clube carioca. De forma unânime, a defesa do jogador obteve o efeito suspensivo da punição que o ídolo rubro-negro recebeu por tentar fraudar um exame antidoping. 
Gabigol não atua pelo Flamengo desde o dia 25 de fevereiro, quando entrou no clássico entre o Rubro-Negro e o Fluminense pelo Carioca. Em 2024, ele fez oito jogos e marcou duas vezes. O atacante foi suspenso no dia dia 25 de março e estava impedido, inclusive, de realizar atividades no CT do Ninho do Urubu.
Gabigol foi acusado de tentativa de fraudar um exame de controle de doping, no Centro de Treinamento do Flamengo, no Ninho do Urubu, no Rio, em 8 de abril de 2023, um dia antes do clássico com o Fluminense, pelo Campeonato Carioca. Ele foi condenado por violar o artigo 122 do Código Brasileiro de Antidoping, que versa sobre fraudes ou tentativas de fraude em qualquer parte do procedimento de controle de doping.
O atacante flamenguista teria dificultado a realização do exame ao prejudicar o trabalho dos oficiais responsáveis pela coleta da urina, desrespeitando-os e não seguindo os procedimentos adequados desde o início do processo, às 8h40. Os demais jogadores do elenco do Flamengo, segundo relatos adicionados à denúncia, se submeteram ao exame antes do treino das 10 horas.
A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) realiza o "doping surpresa" nos centros de treinamentos dos clubes brasileiros regularmente durante a temporada. Gabigol recebeu a primeira notificação sobre a tentativa de fraude no dia 30 de maio. É proibido recusar-se ou deixar de se submeter à coleta de amostra após notificação.

A acusação aponta que o atacante do Flamengo tentou esconder a genitália no momento de urinar na vasilha, o que configura fraude. O teste do jogador deu negativo para doping, mas as autoridades relataram que o atleta ignorou a presença dos oficiais da ABCD, além de ter sido desrespeitoso.

A pena de dois anos, imposta pelo TJD-AD por 5 votos a 4, começaria a contar no dia em que houve a desavença, em 8 de abril de 2023, e teria efeito prático, portanto, de apenas um ano, se encerrando em 7 de abril de 2025.