Presidente do Grêmio, Alberto GuerraLucas Uebel / Grêmio

Rio - O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, criticou a decisão da CBF de manter os jogos do Campeonato Brasileiro enquanto o Rio Grande do Sul vive consequências trágicas da enchente que assolou o estado nos últimos dias. O mandatário afirmou que os dirigentes dos clubes de outras regiões não tem noção do tamanho da crise que os gaúchos estão vivendo.
"Eu sou da opinião que deveria parar, no mínimo, a próxima rodada, talvez duas. Mas é muito grave a situação. Alguns demonstraram ser favoráveis. Se todos os presidentes estivessem na nossa condição, pensariam a mesma coisa. Mas não estão, então não conseguem ter a verdadeira dimensão. Alguns foram favoráveis, alguns silenciaram e outros querem acompanhar mais, se mostraram reticentes. Ainda falta muito para melhorar aqui", afirmou em entrevista ao "SporTV".
Além disso, Alberto Guerra afirmou que se sente mal pela continuidade dos jogos em outros estados, em meio a dor e sofrimento do povo do Rio Grande do Sul. A CBF adiou apenas as partidas dos clubes gaúchos até o fim do mês.
"Futebol é festa, alegria, uma expressão da cultura brasileira. E me sinto agredido vendo comemorar gol em outros estados e a gente sofrendo, corpos boiando, as pessoas morrendo. Muito grave o que estamos vivendo. Não sei onde vamos treinar, jogar. Juro que hoje isso pouco importa. Estamos em uma fase de sobrevivência e de ajudar o próximo, de buscar água, de dar alimento", disse.