Por thiago.antunes

Rio - O reajuste dos convênios médicos de pessoas com mais 59 anos de idade será retirado do texto que altera a Lei dos Planos de Saúde (9.656/1998) que a Comissão Especial da Câmara dos Deputados deve votar hoje. Por encontrar resistência até entre as operadoras, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator da proposta, disse que vai retirar do texto o aumento escalonado para idosos.

A avaliação do deputado é de que não vale a pena manter o artigo "já que parece não estar bom para ninguém". Marinho disse não entender a posição de entidades de defesa do consumidor que foram contrárias ao artigo. Em sua avaliação, o parcelamento iria beneficiar o idoso. O que é contestado pelo senador Paulo Paim (PT-RS). "Isso é uma picaretagem", afirma o senador. "Esse aumento fere o Estatuto do Idoso, que garante que a pessoa com mais de 60 anos não pode ser discriminada", diz Paulo Paim.

"Na Lei dos Planos de Saúde já consta que as gerações mais jovens paguem a mensalidade para que, quando a idade avançar, não tenha que pagar outra vez", informa Paim. O senador acrescenta que "ao abrir a possibilidade de cobrança diferenciada, o relator - que é o mesmo da Reforma da Previdência - permitirá que os reajustes ultrapassem 100%. Ou seja, ficará inviável para o idoso pagar, com isso haverá abandono dos planos." "No momento que a pessoa mais precisa, terá que pagar o dobro de mensalidade", adverte.

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