Especialista ensina dicas para te ajudar a parar de roer unhasReprodução

Olá, meninas!
Vocês sabiam que mais de dois bilhões de pessoas no mundo roem unhas? Estudos mostram que, aproximadamente, 30% da população tem esse hábito, que pode ser relacionado a situações de estresse, ansiedade, hiperatividade, medo e TDAH.
Além de comprometer a esmaltação do dente, a “onicofagia”, como é chamado esse hábito, é o ponto de partida para diferentes problemas bucais.
“Os pedaços de unha são cortantes e cheios de bactérias, vírus e fungos. Podem provocar lesões na gengiva ou se alojar nessa região, provocando irritações, ferimentos e inflamações, como gengivite. Esses microrganismos também são facilmente transportados para o nosso organismo e causam doenças como diarreias e infecções respiratórias. Além disso, pessoas que roem unhas estão mais propensas a desenvolver bruxismo”, comenta o médico-cirurgião de cabeça e pescoço da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ullyanov Toscano.
Para quem tem esse costume, saiba que a mandíbula também pode ser afetada.
“O ato repetitivo é um fator de risco para a disfunção temporomandibular (DTM), um problema na articulação responsável pelos movimentos da boca, como abrir, mastigar e falar”, diz o especialista.
Muitas pesquisas tentam explicar a causa dessa mania. Existe a hipótese de que haja um forte componente genético, já que 1/3 dos familiares das pessoas que roem unhas também o fazem. Mas não há nenhuma comprovação científica a este respeito.
Tem quem diga que roer as unhas tem efeito relaxante e, portanto, serve para descarregar tensões. Fato é que ainda são necessários mais estudos para entender as razões pelas quais as pessoas fazem isso e muitas vezes arrancam as cutículas ou a pele ao redor com os dentes, causando uma situação clínica conhecida como paroníquia crônica, que se caracteriza por vermelhidão, inchaço e infecção ao redor dos dedos.
O que muitas pessoas não acreditam é que parar é um passo difícil e que muitas vezes, pode necessitar da ajuda de um terapeuta para ser concretizada. É importante também procurar um dermatologista e um dentista para consultar o seu quadro e se submeter a um cuidado mais efetivo.
“Entre as opções coadjuvantes ao tratamento, ioga e meditação são ótimas práticas de relaxamento para quadros de ansiedade, estresse e medo”, diz o Dr. Toscano.
Para quem quer dicas de mecanismos que ajudam a inibir o hábito, o especialista sugere manter as unhas curtas e bem cortadas; apostar em trabalhos manuais artísticos para estimular a criatividade e manter as mãos ocupadas, diminuindo quadros de ansiedade; mascar chicletes sem açúcar e usar esmaltes apropriados, com gosto amargo.
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