Por leandro.eiro
Rio - O nome da mostra de Sebastião Salgado já sintetiza sua proposta. ‘Genesis’, em cartaz no Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico. Ela revela lugares, animais e pessoas que permanecem imunes às interferências modernas no ecossistema. “A questão ambiental me inspirou a fotografar a natureza, coisa que eu nunca tinha feito”, diz o renomado fotógrafo brasileiro, que deu a volta ao planeta para realizar o maior projeto de sua vida, como ele mesmo define.
Um elefante da Zâmbia%2C ÁfricaDivulgação


Sebastião registrou as paisagens congeladas e os habitantes da Antártida; a vida selvagem da África; florestas tropicais, como a Amazônia e o Pantanal; a fauna das Ilhas Galápagos; populações anciãs da Nova Guiné e muitas outras imagens que remetem ao equilíbrio da natureza. O resultado dessa jornada, que começou em 2004 e só terminou em 2011, se materializa em 245 fotografias, divididas em cinco seções geográficas: ‘Planeta Sul’, ‘Santuários’, ‘África’, ‘Terras do Norte’ e ‘Amazônica e Pantanal’.
Publicidade
“Nessas viagens fiquei dois meses em cada local, e pude ter uma ideia de como era nossa sociedade há 20 mil anos, quando convivíamos em equilíbrio com a natureza. Há muita beleza nisso”, conta Salgado, que escolheu retratar todas as imagens de ‘Genesis’ em preto e branco, característica marcante em suas obras. “Já fotografei bastante com cor, mas hoje procuro não fazer. Para falar a verdade, nunca as compreendi, nem gostei. Em preto e branco observo melhor o sentimento de uma fotografia”, revela.
Com a mostra, Salgado pretende chamar a atenção para a destruição do meio ambiente e dá o seu recado: “Precisamos lutar juntos, preservar, diminuir a poluição, e, sobretudo, replantar árvores. Nós somos um só animal”.
Publicidade
Museu do Meio Ambiente
Rua Jardim Botânico 1008, Jardim Botânico (2294-6619). De ter a dom, das 9h às 17h. Grátis. Até 26 de agosto.