Por karilayn.areias
Rio - Na pele da ginecologista Tônia em 'O Outro Lado do Paraíso', a atriz Patrícia Elizardo defende a obstetra casada com Bruno, vivido por Paduan. Na trama, a 'paz' do casal acaba quando o grande amor do delegado, a juíza Raquel (Erika Januza), retorna. "Passaram-se dez anos na história. Tônia e Bruno construíam uma relação, construíram companheirismo", afirma. "Quando se conheceram, ele ainda era garoto, mas tinha uma profundidade. E veio para cima dela com uma carência absurda. Não foi por conta de Tônia que não ficou com Raquel. Passavam noites juntos, o amor da vida dele não estava mais ali, e acabaram se apaixonando", conclui.
Patricia ElizardoAndrea Dematte/Divulgação

Com formação de triângulo amoroso digno dos grandes folhetins à vista, Patrícia prevê: "O Bruno vai balançar, e a relação também. A Nádia (Eliane Giardini) é mais esperta e já vê o perigo. Não sei se Tônia vai seguir os conselhos dela e engravidar", diz. E apesar de ter a sogra como aliada, a atriz salienta que a médica não compactua com ela. "A Nadia acaba sendo a conselheira, ela não tem ninguém, não é de Palmas. Mas Tônia é do bem. Até defende a Raquel. É contra falcatruas, preconceitos. Mas ali é estrangeira. É uma médica e tem um lado humano muito forte", esclarece.

Embora torça pela personagem, Patrícia avalia que sua missão não é fácil. "Amam Bruno e Raquel. Sinto nas redes sociais que tem quem torça por eles, mas também tem os simpatizantes da Tônia. Tem gente que shippa #brunoquel, e gente que quer o casal #brutonia", diverte-se.

TEATRO COMO PONTE

A carioca de 32 anos comenta que nunca viveu a experiência de um 'triângulo'. "Sempre tive namoros muito longos na vida. E quando me interessei por alguém, é porque já era de terminar", revela a atriz, que está solteira.

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Em seu primeiro papel de destaque na TV - também fez 'Passione' (2010), 'Tititi' (2010), 'Em Família' (2014) e 'I Love Paraisópolis' (2015) -, Patrícia conta que foi estudar teatro em 2006 porque sonhava em fazer TV. "Na faculdade, me apaixonei pelo teatro. Lá, aprendi a ser a atriz que sou. Sempre que não faço TV, estou no teatro".
Com quase 20 peças no currículo, ela conta que trabalhou com o preparador de elenco Sergio Penna. "Fiquei cinco anos sendo assistente dele e como atriz na equipe, para 'provocar' outros atores nos exercícios. Tenho duas formações de teatro. Lá, foi minha pós-graduação", diz. "Com a popularidade da novela, as pessoas passam a saber quem você é na rua. E algumas devem pensar: 'Olha ali aquela atriz que está começando'. Não sabem que tem uma trajetória grande atrás. Muito estudo e muito trabalho".
Patricia ElizardoAndrea Dematte/Divulgação

DEDICAÇÃO

Com a chegada de Tônia, a rotina de Patrícia mudou bastante. "A dedicação é a mesma. Mas com mais demanda da personagem, precisamos aprofundar". Para exercer a medicina no folhetim das nove, ela chegou a fazer 12 horas de plantão, acompanhando a rotina de médicas. "Assisti a 12 partos entre maternidades particulares e públicas. Foi uma das experiências mais incríveis da vida", admite. "Em hospital público é outra realidade. Tática de guerra. Se viram para trazer esses bebês ao mundo com recursos precários. Precisa de aparelho, de material. Digo que a Tônia nasceu ali. Elas são heroínas", observa.

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A atriz também interpreta uma médica no espetáculo 'ELA', sobre duas mulheres que vivem um grande amor, até que uma delas tem o diagnóstico de ELA (esclerose lateral amiotrófica). "A peça vai para São Paulo em 2018. O teatro está passando por um momento muito delicado. É uma crise difícil. Esse espetáculo é uma produção nossa", diz. 

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Créditos
FOTO: ANDREA DEMATTE
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STYLIST: RAFA MENEZES
MAKE: MAURO MARCOS
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