Brigada Militar tem feito patrulhas a barco para evitar furtos e roubos nas regiões alagadas do RSDivulgação / Brigada Militar

A polícia do Rio Grande do Sul já prendeu 130 pessoas desde o início das enchentes que devastaram o estado e mataram 155 pessoas até o momento. Dados da Defesa Civil ainda mostram que mais de 540 mil pessoas estão desalojadas e outras 77.202 estão em abrigos públicos.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), 48 foram por crimes patrimoniais, como roubos e furtos, enquanto outras 49 estão detidas após cometerem delitos dentro de abrigos. As demais prisões não foram detalhadas. No sábado (18), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu um caminhão que levava cocaína em meio a donativos para as regiões gaúchas
Na quarta-feira (15), a comerciante Marinez Silva Hauenstein, moradora de Arroio do Meio, postou um vídeo reclamando da falta de segurança da região e dos saques cometidos nas redondezas. Segundo ela, um grupo de pessoas invadiu os estabelecimentos e levou quase todos os produtos guardados nas prateleiras. 
"Perdemos praticamente tudo em 4 lojas com a água coisa da natureza de Deus, só que uma perdemos pela mão do ser humano por roubo isso não tem explicação dou de mais nós não merecemos isso porque fizeram isso que tanta ruindade", escreveu no Instagram. 
Em entrevista ao g1, Hauenstein estima que 20 mil itens foram levados, totalizando um prejuízo de R$ 2 milhões. A empresária também afirmou que só conseguiu contabilizar as perdas quando retornou a Arroio do Meio, após as águas baixarem na região, e que precisou dar dispensar parte dos funcionários e dar férias para outros, por não ter condições de reerguer as lojas. 
"Isso pra gente é muito triste, porque eu sei que muitas dessas pessoas contavam com trabalho, contavam com emprego, e não puderam retornar pro seu trabalho por culpa de pessoas maldosas que fizeram o que fizeram dentro da nossa loja", lamentou a comerciante ao site. 
Em declaração recente, o secretário de Segurança Pública do RS, Sandro Caron, afirmou  que nos primeiros dias as operações de resgate eram prioritárias para salvar vidas, mas a partir do quarto dia as demandas de salvamento diminuíram e os bombeiros assumiram essa responsabilidade.
Segundo a secretaria, o governo estadual está atuando para combater todo tipo de crime, como saques e furtos nas ruas. Nas áreas alagadas, o patrulhamento da Brigada Militar (BM) é feito em botes e barcos. A situação dos abrigos também é monitorada constantemente. Para reforçar a segurança nesse período, foram adotadas as seguintes medidas: suspensão das férias dos servidores da BM, convocação de profissionais que estavam na reserva e patrulhamento intensivo.
As forças de segurança gaúchas também contam com o apoio da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Receita Federal, das três Forças Armadas, de policiais da Força Nacional e de bombeiros militares de todas as 26 unidades federativas. De acordo com a secretaria, todo o efetivo está atuando de forma ininterrupta para prevenir e reprimir a ação de criminosos, onde quer que se encontrem.